Meu Deus... Hoje me dei conta de quanto tempo não passo por aqui. As vezes a rotina nos afasta de coisas que gostamos tanto de fazer. Sempre digo que tempo é questão de prioridade, na verdade isso foi sempre uma cobrança minha entre meus amigos, quando estes diziam não ter tempo, hoje me vejo nesta condição, dizendo: "Não tenho tempo!!"
Onde ficou minhas prioridades, aquelas que me davam prazer, me faziam sorrir e que muitos dias me faziam abrir os olhos e ter vontade de viver? Acho que se perderam em alguma curva da estrada, pois tenho me sentido sem nenhuma vontade de fazer aquilo que me dera tanto prazer. Hoje posso entender quando as pessoas dizem não ter tempo.
Na verdade, "não ter tempo" pode ser sinônimo de "não estou com vontade de ver ninguém". É muito complicado encarar as pessoas quando a tua vida está bastante atribulada, quando você não consegue decifrar seus próprios problemas, quando estes aparecem para você como verdadeiros monstros e fantasmas.
Os fantasmas estão ai, isso é fato. Preciso apenas dar uma repaginada na minha história e tentar fazer um final feliz... Tá bem, eu sei que conto de fadas não existem, mas o final feliz pelo menos temporário eu posso conseguir. Afinal quem tem amigos tem tudo... Que venham as novas fases, que venham as adversidades... Enquanto o Tempo não vem!
Somos levados a pensar que as coisas sempre acontecem conosco... E sabe que é verdade! Tenho procurado entender as razões e porque as coisas acontecem, alguns irão me dizer: Lei de murphy , mas eu prefiro acreditar que eu atraio o que penso. Acredito que as palavras são bem menos poderosas do que os pensamentos.
Quando pensamos o que queremos, acabamos por atrair as energias daquilo e fizemos com que o universo em toda a sua grandeza conspire a nosso favor. Isso é apenas um pré suposto, uma vez que não posso provar nada, assim como não posso provar que o passado é o passado e porque não o presente é o passado... é maluco sim, mas pense nisso.
Assim sendo, acreditando que causamos e atraimos o que pensamos, é abvio que tenho convicção de que naõ podemos colher arroz quando plantamos feijão. Não podemos jogar na parede uma bola vermelha e receber uma verde de volta. Nós somos o que pensamos e atraímos o que desejamos, porém somos o reflexo do outro... Recebo o que dou.
Estou falando tudo isso só prá dizer que eu sou realmente uma pessoa de sorte... Muita sorte!!! Tenho amigos verdadeiros, filhas maravilhosas e um companheiro que me faz sentir como se eu fosse a MULHER mais feliz do mundo. E dai me pergunto: será que tenho sorte ou sou merecedora?
Diria que as duas coisas, primeiro porque tive sorte de encontrar na minha vida as pessoas certas no momento certo. Isso fez com que a minha viagem chamada vida fosse bem mais fácil... Mesmo com tantos desvios e desacertos... Mesmo quantas quedas e com tantas perdas, subidas e descidas... Mesmo tendo muitos temporais.
Segundo porque sendo alguém que procura entender o outro e procura dar ao outro o que desejo para mim, entendendo-o como individuo, mas que eu também sou responsável pela caminhada dele, faço com que as coisas me cheguem de maneira agradável, sendo assim me torno merecedora, pois ninguém irá receber o que não dá.
Portanto pense nisso: SORTE ou MERECIMENTO? Avalie sua trajetória e faça as mudanças necessárias para que você possa colher aquilo que esteja plantando. Que você encontre no outro aquilo que você esteja dando, sem se preocupar com mais nada... O restante será apenas alguns acrescimos no tempo final.
Já amanheceu de forma tão mágica e maravilhosa... O sol está ali a um palmo do meu nariz e só agora me dei conta há quanto tempo não chovia e eu nem se quer havia percebido quão lindo estava sendo os dias lá fora.
Acabou a brincadeira, é hora de bater os tapetes e deixar a poeira subir e tomar as rédias da minha vida novamente, fazendo com que as coisas se acomodem, cada um em seu lugar. Não!!! Nada de nariz de folha dando opinião de onde serão pendurados os quadros antigos, ou onde serão guardados. Por enquanto, a respeito do que está no sotão eu resolvo o que fazer, portanto, vida nova, ar puro e muitos sorrisos. O sol está brilhando e eu tenho milhões de motivos para ser e estar feliz.
Deixa o sol entrar pela vidraça que embora ainda um pouco empoeirada com o que passou, consegue aquecer meu coração novamente e me fazer sonhar, me fazer acreditar que aquele velho diatado é verdadeiro: "Sempre há uma luz no fim do tunel."
Bom dia sol, bom dia vida, bom dia prá mim que acordei com o humor nas alturas e acreditando que nada como um dia após o outro para fazer as coisas ficarem sempre melhor.
Por mais que tente ainda não consigo administrar as perdas que a vida tem me trazido. Por mais que eu tente entender essa tão maluca brincadeira chamada vida, ainda assim me perco e não encontro o caminho que me traga as resposta. Me sinto como uma marionete nas mãos de um Deus irônico, que parece querer me mostrar que o poder é todo dele, embora eu acredite que nós somos responsáveis pelo que nos aconteça no dia a dia, ou seja, eu sou eu e minhas consequencias. Não sei como lidar com o fato de ver as pessoas partirem e simplesmente sumirem para nunca mais, nunca mais na minha vida, nunca mais... Não é fácil!!!
Já tive medo da morte, hoje não mais... Consigo entender que as coisas tem seu curso natural e de maneira alguma posso influenciar nisso. Porém concordo com Mario Quintana quando ele diz: "Morrer o que me importa?... O diabo é deixar de viver". Viver é muito bom e não há ninguém, assim como ela que queira ir embora.
Quando ainda criança perguntei ao meu pai se quando ele morresse sentiria saudade, e não precisei de nenhuma resposta verbal, pois as lágrimas dele me serviram de resposta. Desde então sabia que teria que lidar não apenas com a morte, com a perda, mas principalmente com a saudade. Uma saudade infinita, pois não é passageira e não pode ser sanada.
Eu cresci e fui perdendo para a morte. Escutei do meu avô a tristeza de ter que deixar este mundo, não por morrer, mas por ter que deixar seus entes queridos, pois sentiria e deixaria saudades. As partidas eram inevitáis e assim aprendi que morte é sinônimo de uma saudade eterna, uma saudade sem fim. Aprendi que a morte é também onde mora a saudade. A morte nos dá uma passagem apenas de ida... Sem retorno... Sem ao menos saber o que e quem nos espera.
Na minha experiência humana, sei que a vida não se restringe apenas a batidas de coração, ondas cerebrais ou qualquer outra coisa. Sei que para nos manter "vivos" necessitamos de muita esperança e alegria de viver. Sei que precisamos alimentar o espírito, pois o corpo é apenas uma morada provisória, e que sem a alegria de viver, o corpo torna-se apenas uma casca vazia.
As escrituras mencionam que para tudo há seu tempo, assim como para nascer, como tempo para morrer. A morte e a vida andam lado a lado e por vezes estão de mãos dadas. Precisamos estar preparados, entender e permitir que a morte se aconchegue no exato momento em que a vida deseja ir.
Aprendi e entendo que o equilíbrio é a melhor maneira de definir a busca pela perfeição de um espírito que vive dentro de cada um de nós e que como um pássaro precisa apenas ser alimentado, para que se fortaleça e então possa alçar voo para bem longe. Longe desta gaiola que chamamos de corpo e que após o último sopro de vida para mais nada servirá.
Aprendi que os amigos e entes querido partiram para uma outra dimensão, para uma outra forma de vida, mas que a qualquer momento podem estar ao meu lado. Para isso existe a saudade, para trazer para próximo do nosso coração estes que um dia fizeram parte da nossa história, da nossa caminhada e que de alguma maneira construíram a minha identidade.
Compreendo que Mário Quintana tem razão: "Morrer, que me importa?... O diabo é deixar de viver..."
Choro ao lembrar do amigo que hoje ironicamente no dia do amigo faz um ano que partiu.
Choro por não entender e não encontrar explicação para essa separação.
Choro ao lembrar dos momentos que vivemos juntos e as alegrias compartilhadas.
Choro por entender que é para sempre essa ausência.
Choro por saber que esta dor que sinto no peito chama-se SAUDADE do que não tem fim... Pelo menos até que eu possa receber meu ticket de passagem também sem volta.
Então voltarei a sorrir por encontrá-lo no angare a me esperar com aquele sorriso franco e de braços abertos assim como o um dia aconteceu lá na cidade do Cristo Redentor.
Eu sei que ele ainda pode me ouvir... Por isso canto, por isso rezo e por isso relembro, fazendo com que por alguns minutos a saudade deixe de ser um pesar e juntos possamos pelo menos trocar olhares e sorrisos, que por algum tempo haviam sido esquecidos. Mas não esquecidos para sempre.
Portanto o que importa morrer? Se a morte pode chegar mansa, sem dor, cercada de amigos e do lado das pessoas que amamos?
Todas as vezes que chega estas datas ela fica sem saber o que fazer, afinal, presente é sempre uma coisa complicada, pelo menos na cabeça dela. Tem um milhão de idéias, compra, se arrepende, devolve e no final acaba levando exatamente o que não tinha nem passado incialmente na sua cabeça.
Mas, ela sabe que o que realmente é importante é o resultado final... Aquele olhar de surpresa, que deixa transparecer o quão eficaz e eficiente ela foi. Não pelo presente, mas por saber que no fundo, bem lá no fundo ela conseguiu o seu objetivo: Fazer a outra pessoa sorrir de felicidade.
E como prêmio ela recebe de volta um beijo apaixonado.
Dia 12 de Junho está batendo na porta. Normalmente uma noite fria, que envolve dois corpos quentes... Corpos apaixonados e comprometidos. Seres diferentes e completamente iguais, onde seus mundos embora tão distantes se encontram e conseguem confirmar o que há muito é dito, embora por poucos entendido e por menos ainda explicado: Almas gêmeas existem... Não são metades e sim inteiros. São reflexos de nós mesmos. São aquelas pessoas que conseguem superar seus medos e se deixar transparecer, conseguem mostrar seu outro lado... Alma gêmea é aquela pessoa que representa um espelho em nossa vida, ou seja, é aquela pessoa que é capaz de nos refletir e mostrar o nosso interior... E o que temos de melhor!!!
Acreditar que é preciso que mãe tenha seu dia é o mesmo que imaginar que seria impossível viver sem o coelhinho da páscoa. Eu explico. Nós poderíamos muito bem viver sem a estória do coelhinho da páscoa, ninguém morreria por isso e até as lojas continuariam vendendo. Já em relação ao dia das mães... Vamos considerar que as lojas continuassem vendendo, mas nós com certeza não viveríamos sem elas. Na verdde, nós não EXISTIRÍAMOS sem elas. Por isso sem essa de dia das mães... O dia delas precisa ser todos os dias, com amor, carinho, compreensão, ajuda... Sem a hipocresia de que no dia das mães é preciso que todos estejam em redor da mesa, precisam almoçar juntos e que a família é linda e feliz. Tá exagerei, é isso que estão pensando, mas reflitam, não precisam nem me responder nos comentários. Quantos destes filhos, quantas destas famílias até sexta feira estavam brigando, se xingando, falando um dos outros, talvez se tolerando apenas? Dai como num passe de mágica chega o Dia das Mães e transforma tudo num lindo conto de fadas, onde tudo simplesmente é belo e maravilhoso e os mostros e feras? Ah estes foram trancafiados nas masmorras. É assim na vida real, as pessoas nos dias festivos se transformam, colocam suas máscaras e apenas deixam todas as lembranças ruins presas nas masmorras do sub consciente - temporariamente. Desculpem a franqueza, mas não estamos nos contos de fadas, isso aqui é vida real, portanto vamos fazer dos nossos dias, todos especiais e que sejam eles dias de todos nós, de todo ser humano, de todo indíviduo, rico ou pobre, preto ou branco, alto ou baixo, gordo ou magro... Vamos fazer a vida valer a pena e deixar que os nossos sentimentos fiquem sempre a luz e não no sub de algum lugar. Dia das Mães, hoje e todos os dias... A estas mulheres maravilhosas o meu mais que especial beijo, mas não apenas hoje, em todos os outros dias do ano também. FELICIDADES!!!!
Hoje quando ela abriu a janela, e sentiu o vento que estava lá fora... O vento que traz a chuva, que traz o frio... Sentiu o mesmo frio que gela a cama e o coração, pois não traz o que mais quer. Mas sabe que o encontra dentro de seu coração - todos os dias - fazendo frio, chuva ou calor. Mas o queria ao seu lado, pois quando estão juntos as coisas são tão mais fáceis e parece que a vida pára... Esquece de tudo e se renova. Sente a presença, o perfume, os carinhos... Mesmo que não o veja fisicamente. Sente sua falta, sente saudade, tanta, que nem sua voz pode disfarçar ao telefone. Não consegue enganar, assim como não engana seu coração... Mas a distância é só um detalhe, diante de um sentimento tão grande que é o amor. E a felicidade não se acha em lugares determinados do espaço, ela está em cada um, está na alma e é nesse momento que ela o sente inteiramente ao seu lado. Ela não saberia descrever seus sentimentos, não haveria palavras no dicionário capaz de descrever... As vezes se sente tão cheia dessa felicidade que sente medo... Medo do inexplicável... Mas fechando os olhos o vê a sua frente, sorrindo. E mesmo não entendendo os "por ques" vê que não tem a menor importância de porque se encontraram, de como foi diferente. Compreede que o importante é saber, que o que sentem é verdadeiro, permeado em respeito, fidelidade, atenção, carinho, cumplicidade... E nesse momento descobre que tem defeitos intermináveis, descobre que a vida é difícil, que a jornada é complicada... Mas também descobre que tem muita SORTE, pois tem alguém tão importante. Sebe que em todos os momentos estará acompanhada de uma pessoa verdadeira, que a quer bem e realmente se importa com a sua felicidade - com a deles. E então, descobre que a vida é uma jornada ao conhecimento e deve mergulhar de cabeça nesse caminho. O auto-conhecimento é tudo o que precisamos para fazer as pessoas felizes e ser feliz ... E isso ela está descobrindo, pois ele está ensinando a ela se descobrir e ver quem realmente é, e isso tem a feito muito mais feliz. Mudanças e diferenças de atitudes - nos sentimentos e adversidades no seu dia a dia.... As vezes não se reconhece e acha que o seu EU se perdeu pelo caminho. Mas mesmo assim, resolve não retornar e procurar, porque gosta muito mais do que é hoje, se sente mais feliz e completa... E isso por ele, que está reconstruindo uma nova identidade nela, que coisa mais maluca - pensa. Talvez esteja se encontrando ao ponto de equilíbrio. Quando pensa nisso, se pergunta se seria justo. Queria muito estar perto dele e poder conversar sobre isso. Talvez se sentisse mais forte para aceitar algumas coisas. E nesses momentos de reflexão e VIDA NOVA - onde tudo vem sendo redesenhado, descobre amigos, verdadeiros amigos... E verdadeiros amigos são raros e precisamos conservá-los no fundo de nossas almas. Descobre que suas vidas são repletas, pois tem pessoas verdadeiras ao seu lado, para juntas caminhar e compartilhar experiências. E aí nesse exato momento a vida passa a ter sentido - o equilíbrio passa a ter sentido - pois concluí que nossa existência é primordial para as pessoas que nos amam e para quem amamos. Passa a entender que sua existência não teria o menor sentido se não tivesse o encontrado... Neste momento entende e tem convicção de que existem ALMAS GÊMEAS... Somente isso responderia a todos seus questionamentos. Sendo sua loucura e sua santidade... Ele não é apenas sua pele, é a pupila que é a janela da alma. E então pouco importa as respostas, ela quer apenas que ele aflore seu avesso, lhe trazendo as angústias, as dúvidas e porque não dizer, o que há de pior e melhor. O ama por lhe mostrar sua cara lavada, sem nenhuma maquiagem, sem nenhuma máscara... O ama por expor sua alma de maneira tão vulgar e única... O ama pelo seu ombro, pelo seu colo... Pela sua alegria e paciência. O ama pelos momentos de bobeira e seriedade... Pelos risos e pelos choros... Pelas gargalhadas e conversas sérias... O ama por fazer da realidade a fonte de aprendizagem, mas sem esquecer de lutar para que a fantasia não desapareça. O ama por deixá-la ser metade infância de maneira tão inconsequente e divertida e outra metade velhice, falando das experiências e vivênvias... O ama, pois quando se vê louca e santa, boba e séria, criança e velha, descobre que a “normalidade” é uma ilusão estéril. O ama por fazê-la descobrir exatamente quem é. E se tudo isso não bastasse... O ama por saber que ele é a melhor parte dela.
Já te tornastes um pedaço tão grande de mim, que nos tornamos uma fusão... Onde os elementos se combinam, se aproximando um do outro, vencendo a força da repulsão. E por estarmos carregados positivamente... A fusão é a fonte da energia... A nossa energia que faz com que nos sentimos vivos todos os dias. Uma fusão tão intensa que não sei mais que parte é minha e qual é tua. Não sei se tem algo em mim que seja realmente meu... Alguma parte só minha. Somos aquilo que se completa, que se funde e que cria... Cria uma nova história, um novo momento... Eu me sinto parte tua, tão tua que já não quero saber onde perdi o meu EU... Porque o meu eu ficou num espaço físico e a nossa fusão tornou-se um NÓS além do que o espaço físico pode compreender.
Como toda partida essa também doeu... Partida que parte a alma e o coração. Não leva nada, nenhuma bagagem, pois quer retornar sem nenhum vestígio, deixando o que cada um tem por direito. Olha para trás mais uma vez, antes do embarque, vendo que na *gare, deixou aquele que lhe tem por inteira e também por direito. E o tempo dela não pára... A saudade jamais faz o tempo parar. E ela olha mais uma vez, com a certeza de que, não o tempo, mas ela retornará.
*embarcadouro ou desembracadouro das estações de estrada de ferro.
Os livros estão espalhados sobre a mesa, alguns entre abertos outros fechados. Mas a julgar pela bagunça, percebe-se que foram lidos, pelo menos alguns deles. Há muito ela acreditava que era uma "Gata Borralheira", a "Bela Adormecida" ou quem sabe a jovem "Rapunzel", pois atributos físicos não lhe faltavam. Mas com o passar dos tempos, conforme foi crescendo, descobriu que os sapos não viram príncipes e que estes não chegam em um lindo cavalo branco. Teria que se contentar se algum aparecesse .
Descobriu então, que no mundo real, não poderia contar com as fadas madrinhas, essas com certeza não viriam a seu socorro. Descobriu que crescer é dolorido, e que as aventuras do dia a dia são repletas de dificuldades, tristezas, dores e que teria que matar um dragão, um monstro que morava dentro dela.
Acabou por entender, que no mundo real nem sempre tudo tem um final feliz e que nem sempre o bem vence o mal, assim como o mau não vence o bom. Agora já sabe que aqui no mundo de verdade, fora e longe dos contos de fadas, também existem bruxas, apenas estão disfarçadas com outros nomes, como miséria, doença, maldade, tristeza e tantos outros, tantas outras caras feias e assustadoras.
Ela agora já sabe que existe um gigante que pode lhe causar dores tão profundas que não consegue mais disfarçar. Tem um lobo mau de boca bem grande, prontinho para devorá-la, espera apenas ela se aproximar da floresta, que aqui no mundo real mais parece uma selva. Quem dera ela pudesse viver na "Terra do Nunca", viajar com um pó mágico e viver para sempre num mundo encantado, sem complicação, sem problemas, onde tudo se resolve num piscar de olhos.
Não adianta mais bater os calcanhares, ela não vai voltar para casa, seus sapatinhos não são os do "Mágico de OZ". Acorda Alice, você não está no "País das Maravilhas".
Segundo mês seguido que ela se depara com uma sexta feira 13.
Mesmo com tantas superstição ela sabe que quando as coisas tem que acontecer ou quando não tem que dar certo não interessa o dia do mês e nem da semana.
Ela se questiona sobre essas forças que movimentam seus dias, tentando encontrar algumas explicações que acalme pelo menos a alma.
Ela sabe que focar energia em coisas ruins não ajudam.
Ela sabe que a força do pensamento é poderosa e contribui para as mudanças do universo. Partindo deste princípio ela deletou as mágoas, as tristezas, mentalizou e agradeceu todas as coisas boas.
Ela sabe que é difícil, mas ninguém lhe disse que seria fácil. Com o tempo ela percebeu que todas as coisas ruins, assim como as boas tem algum significado. E que estes acontecimentos lhe servem apenas para crescimento. Renovar as energias ao invés de canalizar e acumular tristezas.
Ela acredita em outra vida, e por isso não quer levar uma bagagem carregada de mágoas, tristezas e desafetos. Quer uma bagagem de muita felicidade, onde possa lembrar daqui - se isso for possível - como uma escola, onde tirou proveito de tudo e tornou-se para os que prosseguirem aqui uma aluna exemplar.
Ela tem defeitos e qualidades como todo mundo e sabe que não importa se for sexta feira 13, ela é quem será responsável fazendo com que seu dia seja sempre o melhor, sem nem mesmo se importar se as bruxas estejam soltas.
Duas retas paralelas que se perdiam de vista. Riscos verticais que rasgam a terra, sem nenhum desenho específico, apenas desenhando estradas. Cidades, várias delas são cortadas por eles, deixando no chão a marca de um tempo e não de modernidade. Ponto após ponto, unindo-se para formar uma grande estrada, desenhando a estrada de ferro, por onde deslizaram os pesados vagões.
Ela mora em uma cidade onde os trilhos cortam alguns bairros e sempre corre para ver o trem, toda vez que ouve aquele apito que passa próximo a sua casa. Tem curiosidade em saber onde levam aquelas retas paralelas que se perdem de sua vista lá longe. Sai correndo atrás quando o trem passa, mas a menina magricela de pernas finas não consegue vencer o cansaço e aos poucos percebe que nunca o alcançaria.
Caminha agora se equilibrando sobre os trilhos, ainda querendo saber onde eles irão dar. Caminha por longo tempo até que se encontra diante de um grande tunel escuro e profundo. Tão longo que não conseguia ver nenhuma luz do outro lado, ali naquele momento se deu conta de quanto longe estava de casa. O medo de entrar no tunel era tão grande quanto o de voltar para casa, pois sabia que teria muitas explicações a dar. Simplesmente abriu os olhos.
Não podia correr por aqueles trilhos, mas seu pensamento podia voar sobre eles e era assim que ela viajava todas as tardes, quando sentava-se embaixo do abacateiro. Sempre imaginando para onde iria aquele trem.
Ela foi acordada com o toque no celular, aliás um toque personalizado. Foi um bom dia super especial, logo após o seu alô uma voz dizia: Feliz dia da mulher! Mesmo que esta data não importe muito, pois ela sabe que isso é algo desenhado por interesses de alguns, sentiu-se lisongeada e adorou. Esse tipo de atenção, carinho e principalmente intenção de agradar é que faz com que qualquer relacionamento fique maduro e duradouro... Assim ela espera!
Embora não ache que este dia seja tão especial, a não ser por alguns detalhes mais que especiais como o telefonema no início da manhã, o aniversário de uma amiga especial - bota especial nisso. No mais ela sabe que é tudo uma questão de comércio, uma maneira de vender, pois o que não faltou na caixa de email foi os spam dos mais variados, aproveitando esse dia para fazer sua propaganda.
Mas navegando na internet ela encontrou uma homenagem especial para algumas mulheres. No site da Abril foi divulgado a lista das mulheres mais lindas do mundo, segundo a revista "People", em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Desde 1990, a revista norte-americana, divulga a lista das pessoas mais bonitas do mundo. Muito pretenciosa achou a listinha incompleta, pois não viu ali, nenhum nome que faria parte da lista dela.
Uma lista das mulheres mais maravilhosas, bonitas - por dentro e por fora - que estão na sua vida e que com certeza merecem também uma grande homenagem neste dia e nos outros 364 dias restantes do ano. Principalmente pela garra, dedicação, fortaleza e acima de tudo, por serem verdadeiras amigas. E elas sabem que fazem grande diferença nos seus 365 dias de existência. Por isso, cada uma deve sentir-se homenageada hoje e que são seus melhores presentes.
Dizem que Montanha Russa é brinquedo para quem tem coração forte. Velocidade, emoção e impossibilidade de controle e aquela ansiedade interminável de que as coisas acabem logo, principalmente na descida. A Montanha Russa é a analogia mais adequada para a vida. As vezes uma subida tranquila e sem que se espere, vem aquela descida brusca. Não há controle da situação nem das coisas que acontecerão, embora sabemos que nós somos os causadores maiores das nossa vitórias ou derrotas. Mas isso não implica em sermos afetados diretamente por forças externas.
As situações de um cotidiano pode parecer fatalidade, mas tem coisas que nos deixam tão de saco cheio que melhor seria a Montanha Russa descarrilhar de uma vez e acabar com toda a ansiedade. Não sei hoje até onde somos responsáveis pelo que nos acontece diariamente. Ainda não sei como podemos nos defender das fatalidades, das desgraças, das perdas sem respostas, das ausênsias que faz o dia ser mais frio, da saudade que fica lá numa caixinha, que vez por outra sai em desalinho, sem nenhum entrave, sem nenhum freio...
A vida é uma Montanha Russa, não tem comparação mais propícia. Porém o diferencial é que no brinquedo nós estamos no comando, já na vida real, somos apenas mais um protagonista, nas mãos de um destino nem sempre tão justo, nem sempre tão sensato. A vida é uma Montanha Russa sim, com seus altos e baixos. Quando se é pequeno, elas são bastante divertidas, embora eu nunca tenha gostado deste tipo de emoção/diversão. As quedas vertiginosas são sempre aliviadas pelos gritos, e nunca me lembro de ter visto uma criança vomitar numa Montanha Russa.
Acreditar que amanhã vai ser melhor, que vai ser diferente e que as coisas não são por acaso, sempre acontecem para o nosso crescimento, tem me feito sentir nojo...
Acreditar que amanhã será melhor, me revolta o estômago, me dando a sensação de que a qualquer momento posso vomitar.
Recebi um texto hoje que tem tudo a ver com o post anterior "Que rei sou eu?". Fala de como nos vemos e como somos capazes de PRÉ julgar as pessoas. Leia o texto e tire suas próprias conclusões.
Crônica da Loucura Luis Fernando Veríssimo
O melhor da Terapia é ficar observando os meus colegas loucos. Existem dois tipos de loucos. O louco propriamente dito e o que cuida do louco: o analista, o terapeuta, o psicólogo e o psiquiatra. Sim, somente um louco pode se dispor a ouvir a loucura de seis ou sete outros loucos todos os dias, meses, anos. Se não era louco, ficou. Durante quarenta anos, passei longe deles. Pronto, acabei diante de um louco, contando as minhas loucuras acumuladas. Confesso, como louco confesso, que estou adorando estar louco semanal.O melhor da terapia é chegar antes, alguns minutos e ficar observandoos meus colegas loucos na sala de espera. Onde faço a minha terapia é uma casa grande com oito loucos analistas. Portanto, a sala de espera sempre tem três ou quatro ali, ansiosos, pensando na loucura que vão dizer dali a pouco. Ninguém olha para ninguém. O silêncio é uma loucura. E eu, como escritor, adoro observar pessoas, imaginar os nomes, a profissão, quantos filhos têm, se são rotarianos ou leoninos, corintianosoupalmeirenses. Acho que todo escritor gosta desse brinquedo, no mínimo, criativo. E a sala de espera de um "consultório médico", como diz a atendente absolutamente normal (apenas uma pessoa normal lê tanto Paulo Coelho como ela), é um prato cheio para um louco escritor como eu. Senão, vejamos:
Na última quarta-feira, estávamos:
1. Eu
2.Um crioulinho muito bem vestido,
3. Um senhor de uns cinqüenta anos e
4. Uma velha gorda.
Comecei, é claro, imediatamente a imaginar qual seria o problema de cada um deles. Não foi difícil, porque eu já partia do princípio que todos eram loucos, como eu. Senão, não estariam ali, tão cabisbaixos e ensimesmados.
(2) O pretinho, por exemplo. Claro que a cor, num país racista como o nosso, deve ter contribuído muito para levá-loatéaquela poltrona de vime. Deve gostar de uma branca, e os pais dela não aprovam o namoro e não conseguiu entrar como sócio do "Harmonia do Samba"? Notei que o tênis estavaum pouco velho. Problema deascensão social, com certeza. O olhar dele eratriste, cansado. Comecei a ficar com pena dele. Depois notei que eletrazia uma mala. Podia ser o corpo da namorada esquartejada lá dentro. Talvez apenas acabeça. Devia ser umassassino, ou suicida, no mínimo. Podia ter também uma arma lá dentro. Podia ser perigoso.Afastei-me um pouco dele no sofá. Ele dava olhadas furtivas para dentro da mala assassina.
(3) E o senhor de terno preto, gravata, meias e sapatos também pretos? Como ele estava sofrendo, coitado. Ele disfarçava, mas notei que tinha um pequeno tique no olho esquerdo. Corno, na certa. E manso. Corno manso sempre tem tiques. Já notaram? Observo as mãos. Roía as unhas. Insegurança total, medo de viver. Filho drogado? Bem provável. Como era infeliz esse meu personagem. Uma hora tirou o lenço e eu já estava esperando as lágrimas quando ele assoou o nariz violentamente, interrompendo o Paulo Coelho da outra. Faltava um botão na camisa. Claro, abandonado pela esposa. Devia morar num flat, pagar caro, devia ter dívidas astronômicas. Homossexual? Acho que não. Ninguém beijaria um homem com um bigode daqueles. Tingido.
(4) Mas a melhor, a mais doida, era a louca gorda e baixinha. Que bunda imensa. Como sofria, meu Deus. Bastava olhar no rosto dela. Não devia fazer amor há mais de trinta anos. Será que se masturbaria? Será que era esse o problema dela? Uma velha masturbadora? Não! Tirou um terço da bolsa e começou a rezar. Meu Deus, o caso é mais grave do que eu pensava. Estava no quinto cigarro em dez minutos. Tensa. Coitada. O que deve ser dos filhos dela? Acho que os filhos não comem a macarronada dela há dezenas e dezenas de domingos. Tinha cara também de quemmentia para o analista. Minha mãe rezaria uma Salve-Rainha por ela, se a conhecesse.
Acabou o meu tempo. Tenho que ir conversar com o meu psicanalista.
Conto para ele a minha "viagem" na sala de espera.
Ele ri... Ri muito, o meu psicanalista, e diz:
- O Ditinho é o nosso office-boy.
- O de terno preto é representante de um laboratório multinacional de remédios lá no Ipiranga e passa aqui uma vez por mês com as novidades.
- E a gordinha é a Dona Dirce, a minha mãe.
- "E você, não vai ter alta tão cedo...”.
P.S: Cuidado com os pré julgamentos, mas principalmente com a língua!!
Certa vez me disseram que na verdade somos três pessoas:
1- Quem nós achamos que somos, 2- Como as pessoas acham que somos 3- E como realmente somos.
Diante disto fico imaginando se realmente nos conhecemos, se sabemos exatamente quem somos. Há dias em que acordo, me olho no espelho e não me reconheço. Mas confesso que me esforço ao máximo para ser o mais transparente possível, afinal acho que essa é a parte legal do ser humano. Se conseguirmos essa transparência e autenticidade, com certeza as pessoas irão nos ver de maneira muito clara. Sem precisar ficar nos rotulando e achando o que quer que seja de nós. Por outro lado, quem nunca olhou para alguém, fez um PRÉ julgamento e depois com o tempo viu que não fazia o menor sentido o que pensava daquela pessoa? A vida é assim mesmo, rótulos e PRÉ conceitos, mais o importante diante destas três pessoas é o que realmente somos. Talvez nunca iremos nos conhecer totalmente, temos um universo interior muito vasto, que é quase impossível desvendar. Mas o pouco que se consiga entender, cada um com sua particularidade, é um começo. Porém o que sei ao certo é que somos os causadores das nossas tristezas, das nossas alegrias... Não podemos apontar nosso dedo e culpar nada e ninguém por nenhum fracasso ou sofrimento, já que quando as coisas dão certo e temos sucesso, apontamos para nós como os principais responsáveis. As respostas estão ai, todos os dias, basta que saibamos ler nas entrelinhas, basta que saibamos entender as sinalizações, afinal somos sinalizados a todos os momentos. Ninguém é vitorioso ou derrotado. Nem é tão mau ou tão bom. O bem e o mal existem, claro que sim. Mas nada é por acaso, tudo é um grande aprendizado, precisamos apenas administrar os fatos. Eu sou eu e minhas consequências. Tudo tem um propósito, a nós cabe apenas trabalhar em prol da nossa felicidade, assim estaremos contribuindo para a felicidade dos outros. Por isso, não importa como eu me vejo, como as pessoas me veêm, o importante é QUEM REALMENTE SOMOS.
Acabei me rendendo aos apelos do coração e deixei de lado aquele que durante muito tempo foi meu compromisso fiél. Bem sei que a gente cresce, amadurece, e nos caminhos da vida vai tomando outras decisões que naquele momento nos parecem mais acertada. E eu acertei. Deixar de lado o carnaval de Floripa esse ano, não me fez nenhum mal ao coração, pelo contrário, fiquei com um aperto grande nele - o coração - quando vi essa Ilha maravilhosa congestionada no sábado de carnaval.
Eu devo confessar que me senti um estranho fora do ninho. Não consegui me ver como parte deste pedaço de terra. Fiquei irritada, inojada e fiquei muito triste... Não, não é exagero. É de partir qualquer coração, muito mais que um amor não correspondido. Um lugar tão mágico, virar um palco de malucos desenfreiados. Não tenho nada contra o carnaval, pelo contrário, gosto muito, mas acho que está mais que na hora das autoridades - se é que tem alguma - parar com a venda de um lugar maravilhoso, turístico, Ilha da magia, quando não temos infra estrutura para comportar milhares e milhares de visitantes que se aglomeram nesta pequena e santa ilha. Acho que está na hora de parar e pensar. Que cidade é essa, que os moradores precisam sair, para dar vazão e entrada aos turistas??
Pois foi exatamente isso que fiz, sai da minha cidade, onde todos dizem ser o melhor lugar do Brasil, fui ali para o lado, buscar a tranquilidade de uma cidade vazia, sem nenhum fluxo rodoviário e nem mesmo filas quilométricas que te fazem perder a calma, a paciência e até mesmo a vontade de sair de casa para fazer qualquer coisa. Mas ali no estado ao lado, meu carnaval foi perfeito: amigos, comida, passeios e amor. O que mais o meu coração apertado poderia querer? Só mesmo chegar em casa e ver que a sua escola de samba, mais uma vez foi campeã. Parabéns Consulado do Samba, que com seu enredo contagiou a galera, fazendo a arquibancada tremer. Quanto ao carnaval na Bela e Santa Catarina, ainda sem previsões de retorno... Ano que vem, quem sabe?
Em tempo: O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas.
Há pouco me dei conta de que hoje é sexta feira 13!!
Considerado por muitos o dia do azar, eu já posso dizer que é meu dia de sorte. Eu sempre gostei dos gatos pretos, nunca tive medo de escadas, nem de passar por baixo delas... E para falar bem a verdade não conheço ninguém que tenha sofrido alguma influência maligna em razão a esta data. Mas você sabe de onde vem esta crença de que sexta feira 13 é maldita?
Uma Sexta Feira 13 ou seja, uma Sexta Feira no dia 13 de qualquer mês, é considerada popularmente como um dia de azar. O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado um número de coisas completas como 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou os 12 signos do zodiaco. Já o 13 é considerado um número irregular. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) temos o mais azarado dos dias. Esta superstição pode ter tido origem no dia 13 de Outubro de 1307, uma sexta feira, quando a Ordem dos Templários, foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira treze, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebráico. Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por execução na cruz e Judas provavelmente por suicídio. Antes disso, porém, existem versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa. Segundo outra história, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.
Agora se você acredita que sexta feira 13 é o dia do azar, aqui vai uma dica de simpatia para ter sorte:
Numa sexta-feira treze de qualquer mês, faça esta simpatia usando roupas brancas, inclusive as roupas de baixo. Pegue treze velas brancas, treze flores da mesma cor e treze contas de lágrima-de-nossa-senhora e coloque tudo dentro de uma bolsa ou sacola inteiramente branca. Vá até uma encruzilhada, exactamente ao meio-dia, e lá coloque as treze velas formando um círculo e ao lado de cada vela uma flor. Entre nesse círculo e acenda as velas. Ao acender cada uma, coloque uma das treze contas ao lado da flor e diga o seguinte em voz alta:
Primeira vela: Peço permissão ao Divino
Segunda vela: Para o meu trabalho iniciar
Terceira vela: Com a força do Pai Eterno
Quarta vela: Com a bênção de Oxalá
Quinta vela: Aqui eu chamo a boa sorte
Sexta vela: E despacho todo azar
Sétima vela: Assim seja para sempre
Oitava vela: Sempre na paz do Senhor
Nona vela: Estou com Deus e Nossa senhora
Décima vela: O azar eu mando embora
Décima segunda vela: O treze é meu amigo
Décima terceira vela: E a boa sorte traz comigo.
Pegue as contas todas e guarde-as dentro do bolso. Em seguida faça o sinal da cruz para encerrar. Deixe as velas queimando, saia do círculo e vá embora. Não olhe para trás. Guarde essas contas consigo, num saquinho de tecido vermelho. Serão sua proteção para sempre contra o azar.
Boa sorte e coragem!!! Porque fazer essa simpatia numa sexta feira 13, na encruzilhada, você vai precisar de muita coragem.
Abrem-se as cortinas, inica-se um novo espetáculo. Tudo novo para a platéia que anciosa esperava este momento e para o protagonista que também não sabe o que lhe espera. Como numa explosão de sentimentos, as luzes iluminam e mostram todo o cenário, assim como aquele que será o grande "ator" do momento. E enquanto novidade, o espetáculo é assistido, aplaudido e até mesmo a platéia pede bis... E o espetáculo continua.
Algumas pessoas entram, outras saem mesmo antes de o espetáculo terminar. Procuram um lugar na platéia e atentamente assistem a desenvoltura no palco. Numa mistura de emoções, alegrias, tristezas, o "ator" consegue fazer com que o espetáculo siga em frente, pois sabe que não pode parar. E o espetáculo continua. É ali, naquele imenso palco, que o "ator" consegue desviar a atenção da platéia em relação aos problemas. E ali está apenas um grande artista, de força e coragem. Que consegue conduzir a cena, de maneira maestral e invejável. E o espetáculo continua.
No decorrer do espetáculo, aos poucos o enredo vai se desenrolando, desvendando uma história que não pode ser reescrita, pelo menos não naquele momento. É preciso comprender que existe um script e ele precisa ser seguido. E o espetáculo continua. As mudanças são as vezes leves, as vezes bruscas. De uma simples maquiagem, uma máscara de papel ou gesso. Uma roupa ou um adereço. Chegando a uma explosão de gritos, como um misto de sentimento: dor, raiva, tristeza, alegrias e também um profundo silêncio. E o espetáculo continua.
E o espetáculo continua durante anos em cartaz - às vezes não. Mas aquela sensação da estréia se perde durante o tempo, durante o caminho. Os sentimentos de euforia, o grito de ansiedade, vão dando lugar a certeza do que lhe espera, não existem mais tantas surpresas. O "ator" já sabe o que vem depois, por que o depois é sempre o mesmo, tornou-se previsível e porque a história sempre se repete. E o espetáculo continua. Protagonistas da própria história, sem direito a ensaios... Chorar e rir, gritar e silenciar, falar e calar, caminhar ou simplesmente parar. Correr atrás de prejuízos antes que a cortina feche e antes que a peça termine... Sem aplausos... Sem realizações. Não há dor, nem pesar, nem medo, nem insegurança. Não há lamento ao que já ficou na outra página - passado. Por que a vida é um livro que lemos todos os dias. O passado é a página que foi lida, o presente é a pagina atual de leitura e o futuro está nas próximas páginas. Quanto ao final... Esse é uma incógnita. Mas vale saber que ainda existe uma platéia firme que admira e torce pela felicidade... E que se entristece com a tristeza do espetáculo e do "ator". E o espetáculo continua.
A segurança no palco, é traida pelos encontros e desencontros... Vitórias e fracassos. Mas sempre com a certeza de que o show tem que continuar. Ninguém se importa se trocarão os atores, pois o cenário continua o mesmo. Tudo passa... Vem as dores e sofrimentos e como frutos, o crescimento e amadurecimento. E esse talvez seja o "grande momento" do espetáculo. O momento de resgatar o que ficou, o momento de avaliar e se possível fazer sempre melhor, ser o melhor. Antes que o espetáculo termine... Antes que termine para sempre.
As cortinas do espetáculo se fecham... Fecham-se também os olhos do "ator" para o espetáculo da vida. E o espetáculo continua... Resta apenas um corpo inerte diante de uma platéia perpléxa, com aplusos que não mais poderão ser ouvidos. E o espetáculo continua. Pelo menos para os que ficarão na platéia!!