Duas retas paralelas que se perdiam de vista. Riscos verticais que rasgam a terra, sem nenhum desenho específico, apenas desenhando estradas. Cidades, várias delas são cortadas por eles, deixando no chão a marca de um tempo e não de modernidade. Ponto após ponto, unindo-se para formar uma grande estrada, desenhando a estrada de ferro, por onde deslizaram os pesados vagões.
Ela mora em uma cidade onde os trilhos cortam alguns bairros e sempre corre para ver o trem, toda vez que ouve aquele apito que passa próximo a sua casa. Tem curiosidade em saber onde levam aquelas retas paralelas que se perdem de sua vista lá longe. Sai correndo atrás quando o trem passa, mas a menina magricela de pernas finas não consegue vencer o cansaço e aos poucos percebe que nunca o alcançaria.
Caminha agora se equilibrando sobre os trilhos, ainda querendo saber onde eles irão dar. Caminha por longo tempo até que se encontra diante de um grande tunel escuro e profundo. Tão longo que não conseguia ver nenhuma luz do outro lado, ali naquele momento se deu conta de quanto longe estava de casa. O medo de entrar no tunel era tão grande quanto o de voltar para casa, pois sabia que teria muitas explicações a dar. Simplesmente abriu os olhos.
Não podia correr por aqueles trilhos, mas seu pensamento podia voar sobre eles e era assim que ela viajava todas as tardes, quando sentava-se embaixo do abacateiro. Sempre imaginando para onde iria aquele trem.
Ela mora em uma cidade onde os trilhos cortam alguns bairros e sempre corre para ver o trem, toda vez que ouve aquele apito que passa próximo a sua casa. Tem curiosidade em saber onde levam aquelas retas paralelas que se perdem de sua vista lá longe. Sai correndo atrás quando o trem passa, mas a menina magricela de pernas finas não consegue vencer o cansaço e aos poucos percebe que nunca o alcançaria.
Caminha agora se equilibrando sobre os trilhos, ainda querendo saber onde eles irão dar. Caminha por longo tempo até que se encontra diante de um grande tunel escuro e profundo. Tão longo que não conseguia ver nenhuma luz do outro lado, ali naquele momento se deu conta de quanto longe estava de casa. O medo de entrar no tunel era tão grande quanto o de voltar para casa, pois sabia que teria muitas explicações a dar. Simplesmente abriu os olhos.
Não podia correr por aqueles trilhos, mas seu pensamento podia voar sobre eles e era assim que ela viajava todas as tardes, quando sentava-se embaixo do abacateiro. Sempre imaginando para onde iria aquele trem.
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