segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Um outro olhar"


Hoje quando ela abriu a janela, e sentiu o vento que estava lá fora... O vento que traz a chuva, que traz o frio... Sentiu o mesmo frio que gela a cama e o coração, pois não traz o que mais quer. Mas sabe que o encontra dentro de seu coração - todos os dias - fazendo frio, chuva ou calor. Mas o queria ao seu lado, pois quando estão juntos as coisas são tão mais fáceis e parece que a vida pára... Esquece de tudo e se renova. Sente a presença, o perfume, os carinhos... Mesmo que não o veja fisicamente. Sente sua falta, sente saudade, tanta, que nem sua voz pode disfarçar ao telefone. Não consegue enganar, assim como não engana seu coração... Mas a distância é só um detalhe, diante de um sentimento tão grande que é o amor. E a felicidade não se acha em lugares determinados do espaço, ela está em cada um, está na alma e é nesse momento que ela o sente inteiramente ao seu lado. Ela não saberia descrever seus sentimentos, não haveria palavras no dicionário capaz de descrever... As vezes se sente tão cheia dessa felicidade que sente medo... Medo do inexplicável... Mas fechando os olhos o vê a sua frente, sorrindo. E mesmo não entendendo os "por ques" vê que não tem a menor importância de porque se encontraram, de como foi diferente. Compreede que o importante é saber, que o que sentem é verdadeiro, permeado em respeito, fidelidade, atenção, carinho, cumplicidade... E nesse momento descobre que tem defeitos intermináveis, descobre que a vida é difícil, que a jornada é complicada... Mas também descobre que tem muita SORTE, pois tem alguém tão importante. Sebe que em todos os momentos estará acompanhada de uma pessoa verdadeira, que a quer bem e realmente se importa com a sua felicidade - com a deles. E então, descobre que a vida é uma jornada ao conhecimento e deve mergulhar de cabeça nesse caminho. O auto-conhecimento é tudo o que precisamos para fazer as pessoas felizes e ser feliz ... E isso ela está descobrindo, pois ele está ensinando a ela se descobrir e ver quem realmente é, e isso tem a feito muito mais feliz. Mudanças e diferenças de atitudes - nos sentimentos e adversidades no seu dia a dia.... As vezes não se reconhece e acha que o seu EU se perdeu pelo caminho. Mas mesmo assim, resolve não retornar e procurar, porque gosta muito mais do que é hoje, se sente mais feliz e completa... E isso por ele, que está reconstruindo uma nova identidade nela, que coisa mais maluca - pensa. Talvez esteja se encontrando ao ponto de equilíbrio. Quando pensa nisso, se pergunta se seria justo. Queria muito estar perto dele e poder conversar sobre isso. Talvez se sentisse mais forte para aceitar algumas coisas. E nesses momentos de reflexão e VIDA NOVA - onde tudo vem sendo redesenhado, descobre amigos, verdadeiros amigos... E verdadeiros amigos são raros e precisamos conservá-los no fundo de nossas almas. Descobre que suas vidas são repletas, pois tem pessoas verdadeiras ao seu lado, para juntas caminhar e compartilhar experiências. E aí nesse exato momento a vida passa a ter sentido - o equilíbrio passa a ter sentido - pois concluí que nossa existência é primordial para as pessoas que nos amam e para quem amamos. Passa a entender que sua existência não teria o menor sentido se não tivesse o encontrado... Neste momento entende e tem convicção de que existem ALMAS GÊMEAS... Somente isso responderia a todos seus questionamentos. Sendo sua loucura e sua santidade... Ele não é apenas sua pele, é a pupila que é a janela da alma. E então pouco importa as respostas, ela quer apenas que ele aflore seu avesso, lhe trazendo as angústias, as dúvidas e porque não dizer, o que há de pior e melhor. O ama por lhe mostrar sua cara lavada, sem nenhuma maquiagem, sem nenhuma máscara... O ama por expor sua alma de maneira tão vulgar e única... O ama pelo seu ombro, pelo seu colo... Pela sua alegria e paciência. O ama pelos momentos de bobeira e seriedade... Pelos risos e pelos choros... Pelas gargalhadas e conversas sérias... O ama por fazer da realidade a fonte de aprendizagem, mas sem esquecer de lutar para que a fantasia não desapareça. O ama por deixá-la ser metade infância de maneira tão inconsequente e divertida e outra metade velhice, falando das experiências e vivênvias... O ama, pois quando se vê louca e santa, boba e séria, criança e velha, descobre que a “normalidade” é uma ilusão estéril. O ama por fazê-la descobrir exatamente quem é. E se tudo isso não bastasse... O ama por saber que ele é a melhor parte dela.

Um comentário:

hg. disse...

Que texto lindo! Você escreve muito bem.. fiquei emocionada ao lê-lo..
=*