segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"Para todo o mundo"

Recebi um texto: "Uma só ética para o mundo todo", do maior pensador iluminista alemão Kant, do século XVIII. Vocês podem ler na íntegra se procurarem na internet pelo título. Depois de ler cheguei a seguinte conclusão:

Ao se pensar em “uma só ética para o mundo todo”, nos levamos a pensar que a base para toda a razão moral é a capacidade do homem agir racionalmente, em outras palavras, acreditar que uma pessoa deva comportar-se de forma igual a que ela esperaria que outra pessoa se comportasse diante de uma mesma situação, tornando assim o seu próprio comportamento uma lei universal. A lei universal nada mais seria do que a moral, baseando-se no fato de que todo ser humano é racional e independente, ou seja, a moralidade tem como base a razão humana e desta forma, toda a ação deve ser tomada com um senso de responsabilidade guiado pela razão. Vale lembrar que essa responsabilidade não elege a moralidade, que muitas vezes vem a ser confundida com legalidade – nem tudo que é legal conclusivamente é moral. O ser humano, desde a sua mais remota existência procura responder seus questionamentos, buscando conhecimentos, pois os que lhes são intrínsecos, muitas vezes, ou na maioria delas, não são capazes de respondê-los. Essa busca se fundamenta na crença de que o homem pode tornar-se melhor como “pessoa”, capaz de entender e aceitar o outro, entendendo assim que cada um tem sua individualidade, suas escolhas, crenças, liberdade e até mesmo, porque não a imortalidade. Já a crença, liberdade e a própria imortalidade limita-se a um mundo muito escasso de conhecimento, pois nos dá respostas totalmente especulativas a respeito. Embora saiba-se, de certa forma, que estes fatos não podem ser comprovados (nem negados) é refutável a necessidade humana de aceitar a existência de um ser supremo, que criou todo o universo, nos dando a liberdade de escolhas e quem sabe (como assim alguns acreditam), a existência de uma vida eterna, para que com isso seja possível a existência da moralidade. Cabe-nos, portanto, fazermos sempre o melhor. Usando a razão e a moral como guias, lembrando-nos que: “eu sou eu e minhas conseqüências”. Podemos sim construir uma só ética para o mundo todo, basta que para isso esqueçamos o individualismo. Não poderemos mais alegar que devemos aceitar o outro com suas individualidades, pois todos terão que agir, pensar e comportar-se de igual maneira.

Comecei setembro filosofando, não combina nada comigo!!! Prometo que vou retornar as origens, ou seja, vou voltar a ser um "ET". Mas é sempre bom lembrarmos que neste planeta, que neste universo não estamos sós.


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